Pesquisar este blog

terça-feira, 8 de abril de 2014

Hemácias

                                                  

Os eritrócitos, também designados como hemácias ou glóbulos vermelhos dão a cor vermelha característica do sangue.  Isso ocorre porque eles contêm um pigmento vermelho, denominado hemoglobina. E, como os eritrócitos estão presentes no sangue em muito maior quantidade que as outras células, incolores, todo o sangue parece ser vermelho.
Só para ter uma ideia do volume de glóbulos vermelhos existentes no sangue, basta dizer que em 1mm³ desse líquido, o que equivale a mais ou menos uma gota, pode-se encontrar, em um homem adulto, cerca de 5,5 milhões dessas células, o que corresponde a 45% do volume de sangue. Em mulheres adultas esse valor é reduzido, cerca de 4,85 milhões de células por mm³.
As hemácias vivem em nosso organismo por até 120 dias. Isso significa que no decorrer de uma vida são produzidas e destruídas uma infinidade de eritrócitos, sendo que, a cada dia que passa morrem em média 20 mil hemácias por milímetro cúbico de sangue. Em sua fase terminal, a maioria dessas células estão localizadas no baço, órgão situado no lado esquerdo do abdômen, um pouco abaixo das costelas.

É na medula vermelha dos ossos longos que os novos glóbulos vermelhos são produzidos. Nesses verdadeiros “berçários” de células sanguíneas podemos encontrar hemácias em diferentes estágios de maturação, todas elas descendentes dos hemocitoblastos (células-mãe).
A divisão celular simples dessas células-mãe origina novos hemocitoblastos. Aos poucos, essas células começam a se diferenciar. Seu núcleo vai reduzindo de tamanho e em seu citoplasma vão aparecendo cada vez mais moléculas de hemoglobina.  Quando os hemocitoblasmos chegam a essa fase, chamamo-los de eritroblastos. O processo dediferenciação celular dá sequência nos eritroblastos, que se transformam em células globulares, sem núcleo e com a cor vermelha, devido a grande quantidade de moléculas de hemoglobina presentes.


Os eritrócitos contém água, hemoglobina, íons, enzimas e glicose, sendo que a hemoglobina é o componente essencial e representa um terço do seu peso.  A função do eritrócito é apenas a de assegurar a manutenção do estado funcional da hemoglobina, sendo o pigmento respiratório que tem por função transportar oxigênio e a parte do gás carbônico no sangue.
Nos sangue de diversos animais também contêm hemácias em grandes quantidades. Porém nem sempre elas possuem o aspecto de pequenos discos bicôncavos como a dos seres humanos. Por exemplo, em anfíbiosaves, peixes e répteis, as hemácias são ovais (elipsoides).  Nos mamíferos, exceto o camelo e seus parentes, as hemácias são circulares e, não possuem núcleo.
Uma curiosidade é que em seres vivos de dimensões corporais tão diferentes, como o homem e o elefante, o tamanho destas células vermelhas é praticamente igual. Em seres vivos pequenos, como certas salamandras e rãs, o tamanho das hemácias chega a ser dez vezes maior que o das hemácias de seres vivos de grande porte, como do elefante.

Eritrócitos em Altas altitudes
Humanos que vivem há muito tempo em lugares altos, superiores a 2.500 metros em relação ao nível do mar, possuem muito mais hemácias do que pessoas que vivem abaixo deste nível. São encontrados eritrócitos nesses indivíduos em cerca de 60% a 65% do volume sanguíneo, o que garante 30% a mais de oxigênio no sangue. Assim eles superam as dificuldades impostas pela escassez de ar atmosférico nos locais onde vivem.
Pessoas que habitam normalmente regiões de pouca altitude, quando resolvem por exemplo escalar montanhas altas, tendem a sentir falta de ar e também queda do rendimento físico ao chegar a certas alturas. Isso ocorre porque quanto mais alto subimos em relação ao nível do mar, mais rarefeito se torna o ar atmosférico.
Para aumentarem a quantidade de hemácias existentes no sangue, muitos atletas preferem fazer alguns exercícios físicos em locais de altitudes elevadas. Quando chegam no dia da competição, geralmente em regiões de média ou baixa altitude, a vantagem desses atletas sobre os demais competidores é tamanha, pois eles se cansam menos e têm muito mais energia do que os outros, porque seu "estoque" de oxigênio demora mais a acabar.
O curioso é que existe uma modalidade de "dopping natural" baseada nisso. Alguns esportistas recebem transfusões de glóbulos vermelhos, próximo ao dia da competição, que são retirados da sua própria circulação ao longo de vários meses.

    

Aluno: João Pedro Santana Santos

  

Um comentário: